Os mares, minha bela,
não se movem,
O brando Norte assopra,
nem diviso
Uma nuvem sequer na
Esfera toda;
O destro Nauta aqui não
é preciso;
Do seu governo a roda.
Mas ah! que o sul
carrega, o mar se empola,
Rasga-se a vela, o
mastaréu se parte!
Qualquer varão prudente
aqui já teme;
Não tenho a necessária
força, e arte.
Corra o sábio Piloto,
corra, e venha
Reger o duro leme.
Como sucede à nau no
mar, sucede
Aos homens na ventura, e
na desgraça;
Basta ao feliz não ter
total demência;
Mas quem de venturoso a
triste passa,
Deve entregar o leme do
discurso
Nas mãos da sã
prudência.
Todo o Céu se cobriu, os
raios chovem:
E esta alma, em tanta
pena consternada,
Nem sabe aonde possa
achar conforto.
Ah! não, não tardes,
vem, Marília amada,
Toma o leme da nau,
mareia o pano,
Vai-a salvar no porto.
Mas ouço já de Amor as
sábias vozes:
Ele me diz que sofra,
senão morro,
E perco então, se morro,
uns doces laços;
Não quero já, Marília,
mais socorro;
Oh! ditoso sofrer,
que lucrar pode
A glória dos teus braços!
A glória dos teus braços!
Interpretação: Na lira V, e um
verdadeiro pedido de socorro. Na
vida existe momentos que é igual a uma viagem de barco com vários obstáculos
mas não o suficiente para fazer desistir de um grande amor.
Características
do arcadismo: Nessa lira, temos como
características o racionalismo e a preocupação com o homem natural.
Contexto
histórico: Esta segunda parte foi escrita na prisão da ilha das
cobras, traduz a solidão de Dirceu, ele utiliza Marília como pretexto para
falar de seu sofrimento. Ações que são consideradas pré--romântica para alguns.
Glossário:
Prudente: Discreto.
demência: Insensatez, loucura.
Leme: Direção.
demência: Insensatez, loucura.
Leme: Direção.
Joyce Mara, 17, 1°F.
Essa lira chega a ser bem mais do que isso que você falou, ele mostra que na vida temos momentos ruins e turbulentos, comparou a vida dele a um navio, tanto que em determinados momentos ele pede, suplica que ela dirija a vida dele.Um exemplo que pode ser visto logo no começo da lira é quando ele diz "...Corra e venha reger o duro leme."
ResponderExcluirEle precisa dela pra sobreviver, é mais ou menos isso. Ao meu ver, a interpretação é muito mais complexa do que parece.
Só mas uma coisa, cuidado com os erros de português.
Número 29/1ºF
Concordo com a Joyce a interpretação foi pequena mas foi direta. Apesar de todo sofrimento ele não desiste da sua amada e é exatamente como falaram ele comparou a vida com um navio ou talvez um barco e que apesar de está sofrendo, passando por um momento confuso ele não desiste ele continua a remar, amar e re-amar Marília e já no final da lira o autor fala para concluir "Oh! ditoso sofrer, que lucrar pode
ResponderExcluirA glória dos teus braços!" e essa parte da lira mostra exatamente o quanto o autor sofre por sua amada mas ao mesmo tempo o autor demonstra que por ela vale apena sofrer de amor.
Ana Luísa, 02, 1ºF
ResponderExcluirNessa lira consigo notar o quanto o eu lírico está sentindo falta de Marília, como ele mesmo deixou transparecer ,ele está precisando de alguém para endireitar sua vida.Concordo com a Joyce,ao meu ver é necessário algo muito forte para desistirmos de um grande amor.
Diego Santos,09,1ºF.
Para mim, a lira soa como um apelo. Tanto para que Marília ajude-o a dar rumo a sua vida, tanto como um apelo interno, para que ela não se sinta tão desconsolado longe de sua amada. Essa me parece a lira (das escolhidas), que carrega mais desespero. Tomás novamente, parece temer o futuro e mais que isso, imaginá-lo sem Marília.
ResponderExcluirWanessa Azevedo, 36, 1°F.
Muito obrigado Samuel pelo seu comentários, mais acho que erros ortográficos quem tem que reparar e o professor, você tem direito de fala sobre a lira e não dos erros...(só acho.
ResponderExcluirA esqueci de colocar meu nome Joyce Mara
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