Como
podemos ver, além do título do livro, os poemas se referem ao amor de Dirceu
por Marília, mas em algumas liras, ele fala sobre outros amores que ele teve no
decorrer de sua vida. Marília foi quem Dirceu mais amou, pois foi a ela dedicada
sua obra, mas isso não impedia que ele tivesse olhares para outras mulheres
antes de conhecer a que mexeu realmente com o seu coração.
O que eu achei interessante na lira V, em
especial, foi o fato de que Dirceu não estava ainda morrendo de amores por Marília,
que é o amor inspirador do autor, ele fala de outra pessoa, que não dá pra
saber ao certo quem é, mas que ele chama de Nise e quem tenta impressionar.
E o tema que me chamou atenção é a
vontade que Dirceu tem de fazer com que a amada o correspondesse. Em todas as
liras, até nas que Marília não é citada, Dirceu como super apaixonado se
entrega muito fácil aos seus amores e se deixa levar por todas as aventuras que
suas paixões trazem para ele, sem ter medo de as conseqüências serem boas ou
ruins, sofrendo depois. Podemos notar que ele não era egoísta e que se
preocupava com o próximo e se comparava com eles, até mesmo se colocando
inferior a eles.
Hoje em
dia é difícil de encontrar pessoas como Tomás, que se entreguem fácil. As
pessoas estão casa vez mais fechadas, não querem saber o próximo, nem se doar
para eles, em relação a tudo. Esse fechamento das pessoas é ruim, a meu ver,
pois vai em direção ao individualismo do ser humano. E esse individualismo não
trás boas conseqüências para a sociedade. Falta amor entre as pessoas, falta
essa comunicação e relação entre os seres e quanto mais às pessoas vão se
fechando, menos amor e compreensão do outro se tem. Antigamente, se dava mais
importância aos sentimentos, as pessoas queriam ver o bem do outro. Isso tem
relação também com o fato dele levar a vida no campo, talvez ele se entregasse
mais fácil por essa “carência” e por ficar a maior parte do tempo sozinho. Hoje
em dias, as pessoas só se preocupam com si mesmas, o egoísmo é grande e a cada
dia, mais se dar valor ao que a pessoa tem. Nas grandes cidades, não se tem
tempo para nada. As pessoas estão preocupadas com ganhar, ganhar e não se
preocupam com o que podem oferecer ao outro. Na lira o eu lírico também fala de
seus bens, mas o que ele mais presa é os seus sentimentos para a mulher e quer
que ela leve isso em consideração também.
Joyce Mara, 17, 1F .
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